Hoje em dia temos escutado muito o termo “startup”. Mas afinal, o que é uma startup?

O que é uma Startup?

Seu significado inicial ao pé da letra é: o ato de iniciar algo.

Uma startup é um empresa jovem/recém criada, que possui um sistema diferenciado e específico de funcionamento, com um modelo de negócios inovador, repetível e escalável, e o cenário de incertezas.

Essas são três características básicas e essenciais que traduzem inicialmente uma startup e que podem assim diferenciá-las de outros tipos de empresa.

Uma startup, no geral, busca utilizar tecnologias para incrementar o seu crescimento.

Geralmente possui uma margem de lucro muito maior do que os custos e deve sempre buscar por isso. Custos pequenos, lucros altos e busca por um crescimento acelerado.

O foco principal deste tipo de empresa é buscar soluções para os problemas do cliente, soluções inovadoras, diferenciadas, ainda não existentes no mercado. Algo que é de fato de interesse do público.

Um perfil de incertezas e de inovação que busca alcançar um rápido crescimento através de baixos custos e alta lucratividade.

As empresas comuns no geral objetivam se consolidar no mercado e por isso não buscam de início um crescimento rápido, mas sim algo ao longo dos anos, evitando um cenário de incertezas. Além disso, a taxa de retorno, os lucros que possuem são mais proporcionais aos investimentos feitos.

Modelo de negócios

O modelo de negócios é quando há foco no valor do produto ou serviço vendido. O foco da startup está na lucratividade da empresa, diferente do que ocorre no geral em que por exemplo, o foco é dado ao produto.

Este modelo de negócios deve ser ainda repetível e escalável.

Modelo de Negócios Repetível e escalável

Repetível porque um mesmo produto será criado e produzido em grande escala, sem ser personalizado por exemplo.

Escalável porque o objetivo é crescer, ampliar, ultrapassando os custos e promovendo o crescimento da startup.

Cenário de incertezas

Por fim, o cenário de incertezas, outra característica básica de uma startup, se traduz na situação de que não há um passo a passo para que ela seja bem sucedida.

Não é possível saber se a ideia inovadora proposta terá grande sucesso e futuro. É algo imprevisível e por isso o cenário de incertezas é recorrente neste setor.

Exemplos

Como exemplos de grandes empresas que inicialmente já foram startups, temos: Netflix, Spotify, Google, Uber, Picpay, Paypal, Airbnb, Pagseguro, 99, etc.

Temos ainda algumas startups capixabas de grande sucesso, como: Olho do Dono, Shipp, Zaitt.

Vale a pena criar uma startup?

Para responder essas perguntas, várias outras devem ser respondidas antes. Primeiro você precisa analisar se o que você vai vender é algo inovador, se de fato traz uma solução para o problema do seu cliente.

Precisa analisar se há um público interessado no que você vai vender. Deve ver também quais são os benefícios e os diferenciais do seu produto/serviço.

Deve verificar se existem concorrentes próximos a você e como eles estão lidando com o mesmo produto que você vai oferecer. Veja as diferenças entre o seu produto e o produto fornecido pelo concorrente.

Precisa saber se você terá parcerias, qual o tamanho do seu negócio, quem serão os investidores e como atraí-los. Deve ter em mente como você vai fazer para que os custos sejam mínimos e muito mais baixos do que o lucro a ser gerado. E por ai vai…

Por isso, não basta apenas ter uma ideia inovadora e diferenciada. Outros pontos devem ser analisados antes de criar uma startup.

Busque responder a essas perguntas, faça análises mais aprofundadas e procure profissionais da área para esclarecer dúvidas. Dessa forma você poderá de fato saber se vale a pena ou não criar uma startup.

Como funciona o investimento na Startup?

O investimento necessário para criar e manter uma startup varia de acordo com o tamanho da empresa e com o crescimento dela. E isso também demonstra um pouco uma das características da startup que diz respeito ao cenário de incertezas.

É bom saber que nem sempre quem cria a startup possui o controle da empresa, principalmente porque este criador procura investidores e desta forma acaba abrindo mão do controle para obter o investimento necessário.

O ideal é que um investimento feito na startup seja feito a medida em que ocorre o seu crescimento, assim como subimos uma escada por exemplo. Havendo um crescimento, aumenta-se o investimento.

O investimento pode ser feito de diferentes formas, como por exemplo através de financiamento bancário.

Pode ser feito também através do chamado investidor anjo, pessoa física/natural, que irá dispor do seu patrimônio para financiar a startup e em contrapartida receberá uma participação do capital social da empresa, (se tornará um sócio).

Também existe o financiamento coletivo, com a presença de vários investidores, cada um participando com uma quantia.

Isso tudo varia de acordo com o seu objetivo na hora de criar uma startup, com o valor a ser investido e com o crescimento da empresa.

Neste cenário é muito comum nos depararmos com o termo “Aceleradoras”. Elas são organizações que irão ajudar a startup a crescer. Normalmente esta ajuda ocorre por meio de um investimento financeiro, mas não fica restrita somente a isso.

A ajuda pode ser feita através de mentorias, oferecimento de espaço físico, de clientes, etc, em troca de algum retorno financeiro.

Startup e Direito

 

Contratos comuns nesta área são: de Vesting, de Investimento, de Confidencialidade e Não Concorrência, de Licenciamento e Desenvolvimento de Software,  De Prestação de Serviços, De Trabalho, entre outros.

Um dos que vem se tornado mais comuns é o Contrato de Vesting. Nele o investidor entra no negócio fornecendo algum valor, tendo como garantia o oferecimento de posição de participação na sociedade, ou seja, de que será sócio desta startup.

Ele irá investir no negócio e terá como garantia uma participação societária, seguindo as premissas estabelecidas e acordadas. Receberá uma parte da empresa de acordo com alguma premissa previamente estabelecida.

É comum por exemplo que o salário deste investidor/colaborador qualificado não seja tão alto, porque aí a posição na empresa pode ser oferecida como uma forma de equilibrar este salário.

Por ser um tipo de contrato novo em nosso ordenamento, ainda existem dúvidas com relação a sua implementação, como por exemplo a situação da garantia dos direitos trabalhistas.

Fique atento e procure um profissional do área que possa te guiar na melhor escolha para sua startup! Dessa forma você estará mais organizado quanto aos aspectos tributários, contratuais, trabalhistas, etc.

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Sobre o Autor

Danielle Gasparini
Danielle Gasparini

Advogada, formada pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, autora e consultora do Clube do Comprador, apaixonada por Direito Penal e Direito do Consumidor.

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