“O que não se mede não pode ser gerenciado.” Se você trabalha em um ambiente extremamente competitivo como o Varejo ou Telecom, certamente já escutou esta célebre frase e suas variações. Também, já deve estar bastante habituado a acompanhar um “box” de indicadores criados, que no final das contas tem o objetivo apoiarem a tomada de decisões que propiciem o aumento do lucro das organizações.

Os responsáveis por estas definições devem acima de tudo ter uma visão holística do negócio e pensar fora da caixa, pois, em muitos dos casos, terão a necessidade de interpretar o funcionamento de áreas que não dominam e confiar na opinião de outras pessoas. Mais do que nunca, é preciso ter a humildade para admitir suas limitações para que as mesmas não comprometam o desempenho futuro da Organização como um todo.

Os gestores devem olhar para frente (para-brisa) sempre, porém, não podem deixar de analisar o passado (retrovisores) e tirar proveito das lições aprendidas. As séries históricas devem ser encaradas como uma oportunidade e não apenas um repositório de dados que consome espaço e recursos (R$) de nossos servidores de dados.

Com um histórico bem preservado é possível identificar as tendências de consumo, melhorar o planejamento de vendas para uma determinada sazonalidade, acompanhar a melhoria dos KPIs, entender a elasticidade de preços, entre outros. Ou seja, informação é o cerne de qualquer negócio de valor.

Ao decidir implementar um ERP em sua empresa, é importante ter claramente desenhado todas as necessidades da corporação, é fundamental que os dados históricos sejam mantidos para consultas e comparações futuras. No desenho das necessidades, é primordial prever cenários e possíveis adequações nos modelos de relatórios vigentes. As palavras de ordem neste momento são flexibilidade e escalabilidade.

Lembre que os valores investidos pertencem à organização e a depender do porte, custará milhões de reais – trate este dinheiro com carinho.

Não se desespere, dependendo do tamanho de sua empresa e do seu grau de organização, ferramentas como o Excel e Access darão conta do recado, se corretamente utilizados e com um bom trabalho de modelagem dos dados (fundamental).

Abaixo, apresento alguns dos indicadores que merecem atenção na sua construção e definição dos períodos a serem acompanhados. Estes KPIs serão discutidos em artigos futuros.

  • Crescimento Ano X Ano (Year over Year) – Período de 5 anos.

  • Crescimento Mesmas Lojas (Same Store Sales)  – Período de 5 anos.

  • Venda Projetada x Venda Planejada – Ano, mês, dia.

  • DDE (Dias de Estoque) – Ex. Período de 90 dias.

  • Prazo Médio de Pagamento.

  • Despesa de Frete – Ano, mês e dia.

  • Venda/Lucro por metro quadrado – Ano, mês e dia.

  • Curva ABC – Depende do período de análise.

  • Planos de Pagamento – Depende do período da análise.

Existe um vasto número de indicadores para serem definidos e mensurados, e que vão depender das estratégias que serão adotadas por sua empresa, porém, é preciso ter em mente que não poderão ser desconsiderados ou minimizados na elaboração do plano estratégico de sua organização. Invista tempo, discuta com sua equipe, escute os membros das outras equipes, esteja aberto ao novo, opte por fazer parte da evolução e não ser uma vítima da modernizaçãode sua empresa.

Informações adicionais:

Sistemas:

Tableau

Qlik

SAS

Informações diversas:

Shopping Brasil

Info4

GFK

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Sobre o Autor

Alexandre Gasparini
Alexandre Gasparini

Consultor especialista em Varejo, formado em Administração de Empresas e Pós Graduado pelo IBMEC em Gestão de Negócios, possui experiência profissional de quase 20 anos no mercado varejista em empresas de alta performance no segmento. Grande expertise em gestão de negócios (Pricing, controladoria, gestão, supply chain, produtos) e sólidos conhecimentos na estruturação de equipes, processos e controles gerenciais.

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